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DILMA ROUSSEFF, A RIMEIRA PRESIDENTE

Marina Novaes, do R7.com

Primeira mulher a ser eleita presidente da República, Dilma Rousseff (PT), 62, chega ao poder em 2011 com ao menos dois desafios pela frente: enfrentar a resistência e o preconceito por parte dos homens, e conquistar avanços pelos quais as brasileiras vêm lutando ao longo das últimas décadas.

Escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo no Palácio do Planalto, a petista obteve mais de 56% dos votos no segundo turno, derrotando o adversário José Serra (PSDB), que conquistou mais de 43%.

Segundo pesquisadoras do movimento feminista ouvidas pelo R7, a vitória da petista consagra a “onda feminina” da América Latina, que, na última década, assistiu às vitórias de Michelle Bachelet (Chile), Cristina Kirchner (Argentina) e Laura Chinchilla (Costa Rica), embora chegue com certo atraso em relação aos vizinhos. No entanto, a conquista, segundo elas, não põe fim à desigualdade de oportunidades no cenário político brasileiro.

De acordo com Mary Ferreira, militante e pesquisadora da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), uma das expectativas do movimento é que a presença de Dilma no Palácio do Planalto ajude na reforma da lei de “cotas” de candidaturas femininas, considerada “inútil” e ineficiente.

- A Dilma chega à Presidência em um momento em que há um movimento de mulheres que se rearticulou e que vai fazer pressão para que as políticas avancem. Porque é inadmissível um país como o Brasil ter uma representação tão insignificante [de mulheres] no Legislativo e no Executivo.

Para se ter uma ideia, das 513 cadeiras disponíveis na Câmara Federal, apenas 43 serão ocupadas por mulheres, contra 47 em 2006. Já no Senado, a bancada feminina terá apenas 12 representantes a partir de 2011, de um total de 81 senadores.

Em seu discurso de vitória, na noite do domingo (31), a presidente eleita se comprometeu a lutar pela “igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, e lembrou que o resultado das urnas consagra um momento histórico da democracia brasileira.

- Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto aqui, meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural.

Na avaliação da pesquisadora Ana Alice Alcantara Costa, cientista política do Neim (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher), da UFBA (Universidade Federal da Bahia), a lei de “cotas” não consegue superar o machismo que domina o meio político, e é atrasada se comparada à legislação de países como Chile, Argentina e Costa Rica.

- Eu não diria que existe uma resistência das mulheres à política, mas há falta de oportunidades. Mesmo na campanha da Dilma isso ficou muito claro. Esse conservadorismo que a gente sentiu, com toda a polêmica em torno do aborto, por exemplo, mostra que as mulheres ainda hoje sofrem um boicote velado dentro dos partidos políticos. [...] Qualquer mulher que milite em um partido sabe as dificuldades que vai enfrentar.

A especialista da UFBA destaca ainda que, embora Dilma tenha vencido e a candidata Marina Silva (PV) tenha ficado em terceiro lugar com 19,6% dos votos, a coordenação da campanha de ambas era majoritariamente masculina. Segundo Ana Alice, as propostas voltadas às mulheres evidenciaram a liderança dos homens nas campanhas.

- Não houve nenhuma preocupação específica para as mulheres. E, quando havia, a proposta era voltada para a mulher apenas enquanto ‘reprodutora’, se esquecendo de que hoje nós somos quase metade do mercado do trabalho.

Exigências e esperança

Mas a pressão das mulheres sobre Dilma não deve se limitar ao campo político. A presença de uma mulher na Presidência da República aumenta a expectativa pela geração de oportunidades no mercado de trabalho. De acordo com um estudo do Fórum Econômico Mundial, divulgado no último dia 12, o Brasil caiu da 81ª para a 85ª posição em uma lista com 134 nações que mede as diferenças de oportunidades entre os sexos em áreas como economia, educação, política e saúde.

Outra exigência é em relação à ampliação de políticas de proteção das mulheres vítimas de violência doméstica, um dos maiores dramas vividos pelas brasileiras, como destaca Mary Ferreira.

- A nossa expectativa é que ela consiga dar continuidade ao plano de políticas de igualdade para as mulheres, com a ampliação de delegacias de atendimento às mulheres e com o fortalecimento de um Judiciário preocupado com isso. Além disso, o respeito às mulheres deve ser algo ensinado nas escolas.

Apesar da pressão sobre a futura presidente, as especialistas admitem que Dilma não conseguirá resolver todos os problemas das brasileiras. Elas, contudo, destacam a importância da vitória da petista para o aumento da autoestima das mulheres, conforme explica Ana Alice.

- A presença de uma mulher na Presidência muda toda simbologia do poder. Faz com que a minha neta, por exemplo, passe a enxergar no horizonte a possibilidade de que ela pode ser uma presidente um dia.

Neste sentido, aumenta ainda mais a pressão para que Dilma faça um bom governo. Já que a avaliação de sua gestão será usada como exemplo do “trabalho feminino” no país até que a próxima mulher retorne à Presidência.

 

 

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