POESIA REGIONAL
O poeta Onélio Lopes Chagas fala da vida, de como aprendeu a ler e da paixão pela poesia
Estive conversando com o Sr. Onélio no final do mês de novembro. O poeta me recebeu em sua residência. Foram momentos de intensa poesia e total devoção às palavras.
Onélio Lopes Chagas tem 71 anos, sendo que em 36 deles foi caminhoneiro. É casado, tem 6 filhos, 8 netos e 1 bisneta. Atualmente já largou o caminhão e dedica-se a escrever e recitar poemas.
"Se vocês quiserem rir e se descontrair, sem fazer micagem. É só ler algumas das minhas bobagens."
Sua história com as letras começou cedo, quando tinha cerca de 13 anos estudou de 3 a 4 meses, mas não passou disso. Mesmo assim, gostava de ler jornais e histórias por aí. Já bem mais tarde, no ano de 2000, Onélio ganha um caderninho de sua filha com a incumbência de escrever sobre o avô.
No ano de 2002, o poeta se associa na Casa do Poeta Camaqüense, CAPOCAM. Vários poemas depois, ainda em 2002, no dia do pais, a surpresa: as filhas lhe dão uma caixa com o 1º livro editado: TERAPIAS DA VIDA.
"Vocês sabem que eu adoro a vida...mas claro, com pão, café e comida."
Em 2003, Onélio volta para a escola, onde começa a cursar a EJA (Educação pra Jovens e Adultos) e se forma no Ensino Fundamental.
A idéia de lançar outro livro começa a tomar conta do poeta, pois ele tinha o compromisso de "aprimorar" os poemas do primeiro livro. Nasce em 2004 a segunda obra do autor: TERAPIAS DA VIDA II.
Também em 2004 ele participa da Antologia Poética da CAPOCAM.
Hoje, Onélio visita escolas para falar com os alunos e professores e recitar seus poemas.
"Sou apaixonado pelo que escrevo."
Em breve, ele pretende lançar mais uma obra, e já está com os poemas prontos: RETALHOS DA MINHA ALMA, que Onélio quer publicar em 2009.
(Roger Tavares)
“Eu sei que amanhã ou depois
Quando pelo patrão lá de cima
Eu for escolhido e pialado
Queira Deus, quel alguns
Exemplos bons
Aqui eu tenha deixado
Que seja o otimismo,
O crédito ou a confiança,
Quer nos adultos ou nas crianças
Que por ventura
Em mim tenham se espelhado.”
(Onélio L Chagas)
O poeta Onélio recitando um de seus poemas