Cerca de 12% dos 5.565 municípios do país têm nome de santo. Divulgado pelo IBGE, o Banco de Nomes Geográficos do Brasil mostra que São José é citado 60 vezes. Em seguida, vêm São João (54), Santo Antônio (38) e São Francisco (27). Conhecido como “padroeiro dos trabalhadores e das famílias”, São José é um dos mais populares da Igreja Católica.
Objetivo do trabalho do IBGE – disponível na internet (www.bngb.ibge.gov.br) – é ampliar o conhecimento sobre os nomes geográficos e padronizar as grafias para que se tornem oficiais. Paraty (RJ), por exemplo, se escreve com “y” mesmo, e Ilhabela forma uma só palavra.
Por enquanto, o tema aspectos históricos só está disponível para municípios do Rio e do Paraná, mas está prevista para 2012 a inclusão dos Estados de São Paulo, Minas e Goiás.
O IBGE destaca alguns nomes “exóticos”, como Boa Morte (MG), Pendura Saia (GO), Saco do Boi (MA), Lagoa do Cafundó (TO), Rola-Moça (MG), Vai-Quem-Quer (AM e PA) e Terra da Morte (AM).
Trata-se do primeiro banco de nomes geográficos do país, com informações sobre cerca de 55 mil localidades, entre municípios, vilas, povoados, rios, montanhas, rodovias, áreas indígenas, de proteção ambiental e etc.
Estudo revelou razões de nomes estranhos
Segundo o IBGE, estima-se que 300 nomes de municípios não estão padronizados. No guia, há curiosidades como a origem do nome Volta Redonda (RJ).
– A denominação foi dada em função do Rio Paraíba do Sul, pois a cidade encontra-se em torno de uma curva do rio, quase um semicírculo, origem do pleonasmo.
Já Varre-Sai, também no Rio, surgiu de um lembrete escrito na porta de um rancho que era ponto de parada dos viajantes de Minas em busca de ouro, no local hoje ocupado pela sede do município. Segundo a placa, todos que ali parassem deveriam limpar o local antes de seguir caminho, retirando as fezes de seus cavalos.
(Fonte: jornal Zero Hora)