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A reestréia da Rua do Livro
Venda de obras ocorre todos os sábados na Capital
Quem passou apressado pelo Centro, durante o sábado, perdeu a chance de participar de uma festiva tarde dedicada às letras. Já quem dedicou um olhar mais atento em direção à Rua Riachuelo pode aproveitar a chance de garimpar ótimas obras em bancas ao ar livre no primeiro dia do Caminho do Livro.
O evento, que se repetirá todos os sábados, das 10h às 16h, deve ter mais sucesso do que as tentativas semelhantes no final da década de 80, quando a rua era conhecida pela concentração de sebos e livrarias e foi batizada de Rua do Livro. Essa é a avaliação de organizadores e expositores, baseados nas boas vendas e na presença de centenas de pessoas no dia de estréia. É também o desejo de quem circulou pelas mais de 30 bancas dispostas na quadra da Riachuelo, entre a avenida Borges de Medeiros e rua General Câmara.
– A feira deu vida à rua que sempre foi referência em livros. Faltava esse evento. Espero que continue ocorrendo – comemorou Sirlei Bissacot, 63 anos, artesã e moradora da Riachuelo.
Enquanto Sirlei estava de olho nos livros espíritas, na banca ao lado, a médica Ana Beatriz Dias Amaral, outra moradora do Centro, decidia qual obra infantil levar para a filha Paula, de sete anos. Mais à frente, o casal Lisandra Oliveira e Rafael Alencastro manuseava publicações sobre carros. Em comum, todos distribuíam elogios à iniciativa.
Para o gerente do programa da prefeitura Viva o Centro, Glênio Bohrer, além do público que compareceu em massa na estréia, o envolvimento da comunidade é outro triunfo.
– Os moradores aceitaram bem a idéia, e comerciantes da quadra estão propondo novas atrações para aliar à nossa programação cultural paralela – adianta.
Por enquanto, o único detalhe que parece faltar são placas nas esquinas que identifiquem o Caminho do Livro e convidem à leitura, além dos moradores da região, os apressados que circulam no Centro.
MARCELA DONINI
ZERO HORA