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PORTUGUÊS E POESIA

 

 

Um recanto para a poesia

Há 13 anos, o jornal Letras Santiaguenses, na Região Central do Estado, divulga a produção poética

Em Santiago, o destino de boa parte dos versos de poetas era ir para a gaveta. Foi por isso que os professores e amigos Auri Antônio Sudati, Zé Lir Madalosso e Aldacir Fiorenza Couto decidiram fundar o jornal Letras Santiaguenses.

A publicação bimestral, de 12 páginas, seria veículo das crônicas e poesias dos nativos da cidade. Hoje, 13 anos depois da fundação, seus preciosos espaços são disputados por escritores de todo o Estado, de diversas partes do Brasil e até de outros países, como Cuba, Espanha e Portugal.

– Morei em Santiago por quase 30 anos. Estou em Santa Maria há sete. Mas insisti para que pessoas de fora participassem para dar mais vitalidade ao jornal – disse Sudati, atual presidente da Casa do Poeta de Santa Maria (Caposm).

Por tradição, sempre há dois ou três autores novos a cada edição. Outra prática tradicional do Letras Santiaguenses é ter na capa uma entrevista ou reportagem sobre autores conhecidos – sejam eles prata da casa ou grandes nomes, como Machado de Assis. O costume, conta Madalosso, começou com uma visita do santiaguense Caio Fernando Abreu à terra natal, em 1996.

– Naquela época, já estava muito doente e, dias depois, morreu. Então, fizemos uma homenagem na segunda edição do jornal. Desde então, há sempre um escrito homenageando um autor na capa – explica Madalosso.

Uma tradição mais recente é a presença de um busto e de um verso de um poeta célebre no cabeçalho do jornal.

Empenho para continuar com trabalho de divulgar a poesia

Diariamente, Sudati e Madalosso (Couto deixou o projeto anos atrás) recebem poemas e textos de toda parte. Cada edição conta com pelo menos 70 autores que, para serem publicados, devem pagar uma taxa de até R$ 15 – dinheiro que custeia as despesas de editoração gráfica e impressão.

Depois de escolhidas as peças, o material é enviado, por e-mail, para Bento Gonçalves, onde o jornal é diagramado. Por fim, a impressão é feita em Santo Ângelo. Uma tiragem de 3,1 mil exemplares custa R$ 1 mil.

– Não dá para ter lucro. Somos praticamente uma cooperativa de autores que têm o apoio de algumas empresas, que a gente anuncia no jornal. O dinheiro recebido serve para pagarmos as despesas, já que enviamos muitos jornais para bibliotecas, empresas, escolas. Custa R$ 1 cada exemplar enviado como impresso – explica Sudati.

Por tanto trabalho, é comum que Sudati e Madalosso tenham de responder perguntas do tipo “vale a pena?”. Numa época em que os blogs são usados para dar visibilidade a textos e ideias pessoais, a pergunta faz sentido. Mas eles têm resposta para isso.

– A coisa bonita do jornal é tirar o trabalho da gaveta. E é diferente ler no computador e ler no livro. Para a gente que é poeta é diferente. Não sei por quê. A internet é extraordinária, a gente usa, mas o jornal a gente pode levar a toda parte – opina Sudati.

– Tu não gostas de ver o teu trabalho impresso? Nós também. Temos sangue de tinta, acho – argumenta Madalosso.

Tatiana Dutra para a ZERO HORA

 

 

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