PORTUGUÊS E POESIA
FABRÍCIO CARPINEJAR ESTEVE NA FEIRA EM CAMAQUÃ
Na noite de quarta-feira, 9, foi aberta oficialmente a 31ª Feira do Livro de Camaquã, realizada na Praça Zeca Netto. O evento iniciou com uma belíssima apresentação da Orquestra de Câmara Getúlio Vargas, que com suas canções emocionou o público que lotou a excelente estrutura montada para receber a Feira.
Na sequência, o prefeito Ernesto Molon ressaltou, em seu discurso, a importância de eventos como este para o enriquecimento cultural dos camaquenses, congratulando-se com a equipe da Secretaria de Cultura e Turismo, as entidades culturais, os livreiros e demais colaboradores pela organização. Por sua vez, a secretária de Cultura e Turismo, Elenisa Justo, saudou o patrono da Feira, Fabrício Carpinejar, e elogiou seu estilo despojado, tornando a leitura mais atrativa.
Em sua palestra, Carpinejar, irrequieto como sempre, circulou pela plateia, conversou com o público e mostrou porque o seu jeito e a sua escrita irreverente conquistam a cada dia novos leitores. Com muito bom humor, logo de saída, o escritor falou sobre a sua intimidade com as palavras, desde a adolescência, e como isso lhe ajudou a se defender: “O feio não tem direito de ser tímido, ele precisa se aceitar; se ele ficar acanhado, não tem vez, a palavra é uma arma”. Para ele, o bullying que causa insegurança no adulto de amanhã começa em casa, na família e entre os irmãos, e essa relação reflete nos relacionamentos. “Para aprender a se defender do mundo, o filho deve se defender dos pais”.
Deixando muita gente pensativa e divertindo outros tantos com suas teorias sobre a vida, o amor e os relacionamentos, Carpinejar arrancou risos e aplausos. Ao final, no estande da Secretaria Municipal de Cultura, o autor autografou suas obras mais recentes: “Mulher Perdigueira” e “Borralheiro”.
A Feira prosseguiu durante toda a semana, recebendo centenas de pessoas diariamente, especialmente crianças e jovens das escolas, que literalmente tomaram conta da Praça. Nas noites de quinta e sexta-feira, novamente a arena da leitura esteve lotada para ouvir o escritor e jornalista Juremir Machado da Silva e assistir ao show Luana FéMenina. No sábado, aconteceram diversas atrações, entre elas o Momento Tradicionalista, com a participação do radialista Dorotéo Fagundes; à noite, teve o Cafezinho Poético-Musical da Casa do Poeta Camaquense, com o lançamento da revista “Cidade da Poesia”, organizada pela Criarte Marketing & Eventos. A Feira se encerrou no domingo e a previsão é de que o evento literário mais longevo da Região foi também o mais concorrido das trinta e uma edições.
(Fonte: Gazeta Centro-Sul)