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CRÔNICA

Crônica

Pastelzinho de amanhã: a difícil arte de pilotar a vida

   “Vislumbrei o céu que tanto desejei tocar e conquistar. Agora se esfacela em minha mão como porcelana barata.”

   Um dia imaginei um belo mundo – devaneio. O que possuo neste momento? Um baú de cacos - nada além.”

   (fragmentos de Sombras, de Ticyana Franco)

   Fortes turbulências, e somos surpreendidos tendo que pilotar um avião sem manual de instrução, nem co-piloto para explicar coisa alguma, vendo todos aqueles botões sem saber o que fazer. Estamos sozinhos e inertes, na eminência de desastre sem proporções calculadas.

   Assim, é a difícil arte de pilotar a vida, de tomar comando de nossa própria existência, em momentos que nos sentimos tomados pelas adversidades, e nem sabemos o que depende de nós totalmente.

   O livre-arbítrio nos dá direito de escolha. As nossas atitudes que refletirão no presente ou mais tarde em quase tudo o que somos e fazemos. Ter metas, e quais, e tentar alcançá-las é opção. Mas nem tudo depende exclusivamente de nós, mesmo em nossa própria vida. Diversos fatores externos podem criar obstáculos para os sonhos e mesmo impedi-los. O ser humano não vive isolado e tudo que faz ou fazem, interfere em uns e outros. Parece certeiro o dito popular: “não somos uma ilha”.

   A vida é um conjunto de mais ou menos. De uma combinação do que é considerado normal e o quase, salvo poucas exceções. Aí estamos inseridos: nossa cultura, cenário, família, educação. Numa ilha, mas nunca isolados nem que quiséssemos.

   Pilotar a vida é mesmo difícil: tomar para si as decisões e suas consequencias, fazer comando das próprias ações. Tudo é complexo e aos poucos para quem almeja algo. A vitória quando acontece, geralmente não é nada espetacular ou fantástica, até porque a existência se apresenta como uma sequencia; e não os melhores episódios de uma coletânea ou os grandes hits do momento.

   Viver é tudo isso. Mas também é dar a famosa “volta por cima”.

   Somos seres racionais, e alguém duvida disso?

   Estudar, observar, criar novas possibilidades, desenvolver um senso crítico apurado, a fim de saber diferenciar o que é real e o que parece. Proporcionar à existência uma busca infindada da razão para suas coisas: como, onde, quando, os porquês. Sermos agentes e protagonistas exclusivos dessa estréia diária. Fazer das sobras de hoje, um pastelzinho amanhã. Saborear com calma e sabedoria, e aterrissar com segurança.


Ana Cecília Romeu

Publicitária e escritora

http://anaceciliaromeu.blogspot.com

 

 

 

 

 

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