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CRÔNICA

 

Antes que a Feira do Livro desapareça!

por Charles Kiefer - escritor

Escritor mente, político mente, todos mentem, mas a matemática não mente. Se não mentem os números apresentados pela Câmara Rio-Grandense do Livro, números consignados nos balanços de finais da Feira, a maior festa literária de nossa cidade está definhando.

Vamos aos números, que eles são apolíticos, não têm ideologia, servem apenas para a interpretação da realidade, por mais dura que ela seja.

Em 2005, a Feira do Livro vendeu 530.980 exemplares; em 2006, vendeu 472.348 exemplares; em 2007, vendeu 459.521 exemplares; e, em 2008, vendeu 424.046 exemplares. Uma retração, em quatro anos, de 106.934 exemplares! É pouco? Vinte por cento de queda nas vendas é pouco? Arrisco um palpite: em menos de 10 anos, estaremos vendendo, no máximo, 200 mil exemplares por edição da Feira!

Alguém aí poderia me dizer quantos automóveis foram vendidos, ano a ano, em Porto Alegre, desde 2005? Garanto que lá, nas revendas automotivas, aquele produto um “pouco” mais caro que o livro teve uma evolução muito positiva. Ou não?

Senhores, a Feira do Livro de Porto Alegre está se encolhendo rapidamente. Se as nossas estratégias não forem alteradas, e elas não são simples, e não há espaço aqui para discuti-las, os nossos filhos serão obrigados a “fechar o bolicho”, como se dizia na minha terra natal.

Discurso é discurso, comércio é comércio. Discurso vive de ilusão, de fantasia, de desejo sublimado. Comércio vive do tilintar das moedas. E, sem moedas, o discurso se transforma em saudade do passado. Não é de hoje que murmuramos, entristecidos pelas alamedas floridas da praça, “como eram boas as Feiras de antanho”! Mais um pouco e faremos um Centro de Tradições da Feira do Livro!

Urge convocar a sociedade local para um amplo e profundo seminário sobre as estratégias para o futuro da Feira. Como apaixonado pelo evento, e seu participante desde 1977, convoco a CRL, a prefeitura, o governo do Estado, a imprensa, as associações de escritores, a Câmara de Vereadores, o parlamento gaúcho e a sociedade em geral para uma reflexão sobre o assunto. Se meu discurso não convence, atentem para os números. Eles são silenciosos, frios e irretorquíveis!

Ou, nas próximas edições, ficaremos em casa, lendo em nossos e-books, navegando na internet, fazendo palavras cruzadas! E eu vou abrir uma empresa de pronta entrega de pipocas!

(Fonte: jornal Zero Hora)

 

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